O grupo alemão
Arinna/Asunim, de energia solar fotovoltaica, chegou ao Ceará para
construir a primeira fábrica de painéis solares do Brasil com excelência
internacional. A fábrica, que será instalada em Sobral, num terreno de
seis hectares às margens da BR-222, também será a primeira do grupo
alemão nas Américas. Com início das obras previsto para junho deste ano,
a Arinna do Brasil pretende iniciar sua produção em janeiro de 2013.
O
diretor técnico da Arinna do Brasil, o português Miguel Ornelas, esteve
ontem no Rio de Janeiro, participando do evento Rio+12, que o grupo
alemão patrocina, e falou ao O POVO sobre o novo empreendimento. Segundo
ele, a fábrica irá produzir placas solares para a produção de energia
com usos na indústria, em residências e em pequenos negócios. Com isso, o
Brasil não precisará mais importar este material.
Hoje, no
Brasil, existe apenas uma fábrica – a Tecnometal, de Campinas (SP) – que
iniciou a produção de painéis solares de forma experimental e, agora,
está iniciando sua comercialização. “Mas com investimento específico
para produção comercial, com planta de produção e plano de negócios, é a
primeira do Brasil”, afirma Adão Linhares, presidente da Câmara
Setorial de Energias Renováveis, instalada na Agência de Desenvolvimento
Econômico do Ceará (Adece).
A nova empresa Brasileira, Arinna
do Brasil, terá investimento estimado de R$ 20 milhões, com início de
operação previsto para daqui a 10 meses. A fábrica terá uma capacidade
de produção de 60 MWpico /ano. Miguel Ornelas acredita que, no início, a
produção poderá começar com até 10 MW, podendo chegar a 20 MWpico/ano.
“Leva sempre um certo tempo até atingir a velocidade de cruzeiro. O
crescimento da produção irá depender muito da procura e das necessidades
do mercado”, diz.
A produção terá como destino o mercado
interno. A Arinna Brasil poderá abastecer usinas comerciais como a MPX
Tauá, que produz 1 MW e prepara a expansão de sua produção para 2 MW até
o fim deste ano. No caso de exportação, a América do Sul é o primeiro
mercado potencial dos produtos da fábrica cearense. “Países vizinhos
estão desenvolvendo muitos projetos na área de energia solar e por
questão de custo e logística eles serão nosso foco inicial”, afirmou
Ornelas.
Fonte: Jornal O Povo
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