quarta-feira, 11 de abril de 2012

[Revisão Tarifária] Ceará terá primeira fábrica de painéis solares


O grupo alemão Arinna/Asunim, de energia solar fotovoltaica, chegou ao Ceará para construir a primeira fábrica de painéis solares do Brasil com excelência internacional. A fábrica, que será instalada em Sobral, num terreno de seis hectares às margens da BR-222, também será a primeira do grupo alemão nas Américas. Com início das obras previsto para junho deste ano, a Arinna do Brasil pretende iniciar sua produção em janeiro de 2013.

O diretor técnico da Arinna do Brasil, o português Miguel Ornelas, esteve ontem no Rio de Janeiro, participando do evento Rio+12, que o grupo alemão patrocina, e falou ao O POVO sobre o novo empreendimento. Segundo ele, a fábrica irá produzir placas solares para a produção de energia com usos na indústria, em residências e em pequenos negócios. Com isso, o Brasil não precisará mais importar este material.

Hoje, no Brasil, existe apenas uma fábrica – a Tecnometal, de Campinas (SP) – que iniciou a produção de painéis solares de forma experimental e, agora, está iniciando sua comercialização. “Mas com investimento específico para produção comercial, com planta de produção e plano de negócios, é a primeira do Brasil”, afirma Adão Linhares, presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis, instalada na Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece).

A nova empresa Brasileira, Arinna do Brasil, terá investimento estimado de R$ 20 milhões, com início de operação previsto para daqui a 10 meses. A fábrica terá uma capacidade de produção de 60 MWpico /ano. Miguel Ornelas acredita que, no início, a produção poderá começar com até 10 MW, podendo chegar a 20 MWpico/ano. “Leva sempre um certo tempo até atingir a velocidade de cruzeiro. O crescimento da produção irá depender muito da procura e das necessidades do mercado”, diz.

A produção terá como destino o mercado interno. A Arinna Brasil poderá abastecer usinas comerciais como a MPX Tauá, que produz 1 MW e prepara a expansão de sua produção para 2 MW até o fim deste ano. No caso de exportação, a América do Sul é o primeiro mercado potencial dos produtos da fábrica cearense. “Países vizinhos estão desenvolvendo muitos projetos na área de energia solar e por questão de custo e logística eles serão nosso foco inicial”, afirmou Ornelas.

Fonte: Jornal O Povo

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