sábado, 18 de junho de 2011

Especialistas ensinam a conviver com colegas de trabalho difíceis


Saber trabalhar em equipe e lidar com diferentes tipos de personalidades é fundamental para se destacar na carreira. Hoje em dia, é comum que pessoas de vários departamentos trabalhem juntas para desenvolver projetos e impulsionar o crescimento de uma empresa. E, para que isso aconteça, dois fatores indispensáveis devem estar em sintonia: bom relacionamento interpessoal e boa comunicação.

Mas como nem todo mundo é igual, comunicar-se e relacionar-se com pessoas pode ser um desafio desgastante. Especialmente, se os colegas tiverem temperamento difícil. Vera Martins, mestre em comunicação e mercado, especialista em medicina comportamental e pesquisadora do comportamento humano, de São Paulo (SP), classifica os cinco estilos de comportamentos difíceis mais comuns no ambiente de trabalho: o impositivo, o dono da verdade, o dissimulado, o passivo e o reclamão

“Se o profissional não souber lidar com esses comportamentos difíceis, esses colegas podem tirá-lo do seu trajeto profissional e levá-lo a direcionar energias para questões que não agregam nada ao seu trabalho. Se o profissional for dominado pelo medo de enfrentamento, sua imagem pode ser manchada por comentários maldosos e sua credibilidade cair por terra”, diz.

Vera também explica que esses tipos de comportamento se manifestam quando o profissional se vê em situações estressantes e ameaçadoras. “Normalmente, os comportamentos difíceis aparecem como forma de defesa em situações nas quais a pessoa se sente ameaçada. São atitudes movidas por emoções negativas, como medo, inveja, ciúme, raiva, frustração etc”, afirma. Veja as características dos cinco estilos mais comuns de comportamentos difíceis citados pela pesquisadora (e como lidar com elas):

Tipos de colega:
IMPOSITIVO, DONO DA VERDADE, DISSIMULADO, PASSIVO RECLAMÃO
Sua crença: "As coisas devem ser feitas de acordo com a minha vontade."
Seu objetivo: vencer o outro para não ser vencido. E, para isso, age como um trator.

• Inflexível: nunca abre mão de sua vontade;

• Autoritário: usa o poder como argumento;

• Agressivo: intimida os colegas;

• Egoísta: ignora opiniões, sentimentos e necessidades alheias;

• Destrutivo: faz críticas depreciativas;

• Antipático: tem dificuldade de se relacionar;

• Oportunista: nos erros, culpa o colega; nos acertos, se vangloria.

Como evitar conflitos

O autocontrole é fundamental para lidar com profissionais difíceis. “Agir de forma impulsiva pode comprometer a sua imagem no ambiente de trabalho. Na maioria das vezes, a perda de controle, traz prejuízos, pois a pessoa se arrepende e pode ser tarde demais”, explica a psicóloga e psicoterapeuta Olga Tessari, de São Paulo (SP). Veja as orientações da mestre em comunicação e mercado Vera Martins, que também é autora dos livros “Seja Assertivo!” e “Tenha Calma!” (ambos da Ed. Campus), para lidar com colegas de trabalho difíceis:

Lições gerais

Seja assertivo. Diga o que pensa, sente e precisa, sem rodeios ou constrangimento. Fale com firmeza e autoconfiança, mas sem usar palavras e gestos agressivos. Mantenha sempre o respeito e a educação;
Esteja sempre embasado em fatos e dados para vender suas ideias, administrar conflitos e dar e receber retorno sobre os resultados. Diga ao colega somente aquilo que agregue algo e que traga benefícios ao relacionamento;
Coloque-se no lugar do outro, buscando compreender o que o leva a adotar esse comportamento difícil. Entender como o outro funciona ajuda-o a melhorar sua argumentação e tornar seu posicionamento mais seguro e autoconfiante;
Mostre envolvimento com o colega e o quanto você o respeita em suas competências. Reconheça os pontos fortes dele, faça elogios sinceros às suas boas realizações, mas sem exageros. Isso ajuda a quebrar a arrogância, a agressividade, a timidez e a insegurança do outro.

Inteligência Emocional

A Inteligência Emocional também é um fator importante para trabalhar com pessoas difíceis de lidar. “Compreende a capacidade de se relacionar com o outro (ouvir e comunicar), motivar, se conhecer e ter autocontrole. Uma pessoa inteligente emocionalmente não é aquela que controla as suas emoções, mas aquela que controla as suas ações. Não é porque estou com raiva que tenho de agredir o outro”, explica a psicóloga Lucimar Delaroli, especializada em Gestão de Recusros Humanos e professora dos cursos de pós-graduação nos MBAs de Marketing da ESPM/ RJe de Gestão de Negócios da IBMEC/RJ.

“O que falta às pessoas, hoje em dia, é uma dose de capacidade de se colocar no lugar do outro e compreender a posição e as atitudes alheias, não no sentido de se submeter às vontades, mas, sim, de compreendê-lo para poder estabelecer um diálogo”, diz o professor doutor Marcelo Afonso Ribeiro, do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho, da USP.

Vale levar em consideração que, muitas vezes, as pessoas não percebem que agem de forma inadequada com os colegas ou não sabem que as suas atitudes afetam os demais. "Tendemos a achar que essas pessoas agem para, deliberadamente, nos prejudicar ou irritar, esquecendo-nos de que elas, como nós mesmos, só estão vivendo suas vidas e correndo atrás de seus objetivos como julgam correto fazê-lo”, afirma a psicóloga Lucimar Delaroli.

Fonte: Site BOL

Denarc apreende carga de drogas


Uma operação realizada por policiais da Coordenadoria de Inteligência (Coin) da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e da Delegacia de Narcóticos (Denarc), da Polícia Civil, na noite da última quinta-feira (16), resultou na apreensão de aproximadamente 600 quilos de maconha que estavam sendo transportados em um caminhão baú. A carga foi interceptada no Município de Penaforte (a 544Km de Fortaleza) e o motorista Possidônio Ferreira de Almeida, 34, acabou preso.

Antes de realizar a apreensão da droga, os agentes da Coin e inspetores da Denarc trabalharam um mês em sigilo checando a denúncia que dava conta de um grande carregamento de maconha com destino à Grande Fortaleza.

De acordo com as investigações, acompanhado da mulher, o cearense Possidônio Ferreira conduziu o caminhão baú, de placas HVR-8810, com inscrição de Tabuleiro do Norte, no Ceará, do Município de Guarulhos, em São Paulo, passou por Minas Gerais, Bahia e Pernambuco sem ser importunado.

Monitorado

O que ele não sabia era que ao entrar no Estado de Pernambuco passou a ser monitorado pelos policiais cearenses. "Ficamos 16 horas acompanhando o caminhão desde o Município de Salgueiro, em Pernambuco. Quando ele ultrapassou a divisa realizamos a abordagem em Penaforte e encontramos o material armazenado em caixas de papelão", contou o delegado Pedro Viana, titular da Denarc.

Além da droga, o caminhão continha produtos eletrônicos sem nota fiscal, resultado de contrabando e descaminho. No começo da noite de ontem, a droga e o acusado chegaram à Delegacia Geral de Polícia Civil. Possidônio foi autuado em flagrante por tráfico de drogas. A mulher dele, que também estava no veículo, foi detida.

Segundo Viana, o caminhoneiro disse que receberia R$ 14 mil para realizar o transporte da maconha até Fortaleza. A droga seria distribuída em Fortaleza e na região metropolitana.

O diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE) delegado Jairo Pequeno, ressaltou o trabalho da Coin e Denarc, sob a coordenação do secretário da Segurança Pública, coronel Francisco Bezerra e do delegado geral da Polícia Civil, Luiz Carlos Dantas.

Diario do Nordeste
EMERSON RODRIGUES
REPÓRTER

Deputado quer plebiscito sobre legalização da maconha



O deputado federal Fernando Francischini (PSDB-PR) pretende começar na próxima semana, pela Câmara dos Deputados, a coleta de assinaturas para que seja realizado um plebiscito sobre a legalização da maconha no Brasil. "Nós temos uma posição contrária, mas o plebiscito é importante para encerrar de vez essa questão", afirmou. Ele foi um dos cerca de 1,5 mil participantes, segundo os organizadores, de uma caminhada pelo calçadão da Rua 15 de Novembro, em Curitiba, na abertura da 3.ª Semana Antidrogas de Curitiba, promovida pela prefeitura.

Chamado de "Louco pela Vida! Drogas Tô Fora", o evento contou com a presença de servidores municipais, policiais militares, policiais do Exército, Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política, além de organismos não-governamentais e representantes de clínicas para dependentes químicos. O secretário Antidrogas de Curitiba, Hamilton Klein, disse que a caminhada já estava marcada desde o ano passado e não tem ligação com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de liberar as manifestações favoráveis ao consumo de maconha.

Entretanto, ele se colocou como um dos críticos nessa questão. "Essa decisão é digna do programa dos Trapalhões", afirmou. "Agora qualquer maluco poderá pedir a legalização de marcha pelo nazismo, pelo racismo, pelo estupro, já que decidiram que a liberdade de expressão é irrestrita." No entendimento de Klein, o STF "será obrigado a voltar atrás pela pressão da população". O secretário adiantou que durante toda a semana serão realizadas atividades em praças e parques da cidade.

Representante da Campanha Nacional contra a Legalização da Maconha, Marisa Lobo disse que a preocupação é com os adolescentes. "Ele está exposto, não tem o poder de escolher, a droga vai a ele", afirmou. "Com a legalização, haverá mais oferecimento nas portas das escolas." Para ela, a decisão do STF é uma oportunidade para colocar a discussão sobre as drogas nas ruas. "Nós queremos discutir mesmo, porque não é uma questão social ou política, mas de saúde pública e de saúde individual."

Para amanhã está prevista nova marcha pelo centro de Curitiba, desta vez organizada por pessoas que defendem a legalização da maconha, chamada de Marcha da Liberdade. A expectativa é reunir cerca de 2,5 mil pessoas.


Agência Estado