sábado, 29 de maio de 2010

Voto obrigatório divide o país

Pesquisa Datafolha feita em 20 e 21 de maio revela que o voto obrigatório divide o eleitorado: 48% dos entrevistados no país são favoráveis e 48% são contrários.

O apoio ao voto facultativo cresceu. O levantamento anterior, de dezembro de 2008, registrara o recorde de 53% a favor da obrigatoriedade; 43% eram contra.

Estabelecida na Constituição, a obrigação atinge os brasileiros alfabetizados dos 18 aos 70 anos de idade. Para analfabetos, maiores de 70 e os que têm entre 16 e 18 anos, o voto é facultativo.

O Brasil é um dos 30 países em que o voto nas eleições nacionais é obrigatório. Dos entrevistados, 55% dizem que votariam se ele fosse facultativo; 44% optariam por não votar.

Fonte: Folha.com

Tasso rejeita vice de Serra: ‘Sou candidato a senador’

Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse que não cogita comparecer às urnas de 2010 como candidato a vice na chapa do presidenciável tucano José Serra.

“Eu não penso nisso. Sou candidato a senador. Quero continuar trabalhando aqui no Ceará”, disse.
A declaração foi feita nesta sexta-feira (28), no município cearense de Paracuru, distante 85 km da capital, Fortaleza.
O nome de Tasso fora mencionado como alternativa de vice pelo presidente do PSDB e coordenador da campanha de Serra, Sérgio Guerra (PE).
Ao rejeitar a idéia, Tasso mimetiza Aécio Neves. O grão-duque do tucanato mineiro também reafirmou, na quinta (27), que é candidato ao Senado, não a vice.
Conforme já noticiado aqui, a escolha do companheiro de chapa de Serra deve ser empurrada para o final do mês que vem.
Marcada para 12 de junho, a convenção nacional do PSDB deve aprovar apenas o nome de José Serra, sem definir o segundo da chapa.
Com a saída de Aécio do páreo, a cúpula do DEM voltou a reivindicar a vaga. E cogita esticar a negociação até 28 de junho, data de sua convenção.
Serra admitiu a hipótese de adiamento. Deu-se em Recife, no ato de lançamento da candidatura de Jarbas Vasconcelos (PMDB) ao governo pernambucano.
Ao discursar, Serra disse que não há pior coisa para um presidente do que “vice que faz aporrinhação”.
Citou como modelo o ex-vice de Fernando Henrique Cardoso, o senador Marco Maciel (DEM-PE), presente à cerimônia de lançamento de Jarbas.
Secretário-geral do PSDB federal, o deputado Rodrigo de Castro (MG), também declarou que a convenção de 12 de junho não é data fatal para a escolha do vice.
“Dá pra segurar mais um tempo”, disse Rodrigo, que integra o grupo de Aécio.
Que dá para segurar, não há dúvida. A lei não impede. Mas a delonga vai à crônica da sucessão como um problema, não como opção.

Fonte: Folha Online

Ilário volta a defender rompimento com Cid Gomes

Ilário volta a defender rompimento com Cid Gomes
Queremos reciprocidade. O PT está dando mais do que recebe

O ex-deputado estadual, ex-prefeito de Quixadá e ex-presidente estadual do PT, Ilário Marques, defendeu, mais uma vez, a ruptura do partido com o PSB e principalmente com o governador Cid Gomes, caso os petistas não consigam, além da vice-governadoria, indicar José Pimentel para uma vaga do Senado.
No caso de rompimento, Ilário assegura que o PT tem nomes competitivos para disputar o Governo do Estado, citando, além dele próprio, Artur Bruno e mesmo José Pimentel.
O petista sustenta que Cid Gomes só foi eleito prefeito de Sobral e governador devido à força do PT no Estado. Agora, na avaliação de Ilário, chegou a hora de Cid retribuir o apoio.

O Estado – Qual é a situação do PT no contexto eleitoral?

Ilário Marques – O partido está à espera do governador Cid Gomes, que não está mais correspondendo às expectativas como era no passado. Quando o senhor Cid Gomes não era governador, ele considerava muito mais o PT. Agora que está no comando do Estado, está fazendo o partido passar a pão e água.

OE – O que o partido quer mesmo do governador Cid Gomes?

IM – Acima de tudo, respeito pelo tamanho do PT no Ceará e pelo que o partido representa junto à sociedade. O partido quer um tratamento político correto e preferência na aliança, como o PT tem manifestado preferência pelo hoje governador Cid Gomes. Queremos reciprocidade, porque o PT está dando mais do que recebe.

OE – O PT já tem a vice-governadoria garantida. O que mais quer o partido na chapa majoritária?

IM – Não temos ainda a vice-governadoria garantida, porque ela existe apenas na imprensa e na boca dos invejosos. O governador Cid Gomes nunca falou sobre o assunto com o PT, que continua em dúvida se vai ter ou não esse cargo. Até agora tudo está na estaca zero, e é exatamente a dúvida que maltrata.

OE – O que o PT quer além da vice-governadoria?

IM – O PT quer colocar na mesa as suas reivindicações, que são a vice-governadoria e uma das vagas do Senado. Isso, sem aliança com o PSDB, porque para esse partido não queremos nem olhar, quanto mais conviver no mesmo espaço. O PSDB quase enterra o Brasil e, por isso, o queremos à distância.

OE – A confirmação desses dois cargos deveria ser logo fornecida pelo governador Cid Gomes?

IM – O PT precisa cuidar da sua vida, porque a eleição está na porta, faltam apenas pouco mais de quatro meses. Queremos saber o que vamos fazer em outubro próximo e até agora não sabemos de nada. O que dá para se entender é que o governador Cid Gomes está querendo a nossa redução no Ceará.

OE – Isso quer dizer que o governador Cid Gomes demora a dar alegrias para os outros partidos?

IM – O governador Cid Gomes só faz isso porque os outros partidos se submetem a uma situação como essa, que é a de incerteza até o dia da convenção do partido dele. Infelizmente, pelo menos até agora, o PT está aceitando esse jogo que não é nada cômodo. Se eu fosse o presidente do partido, não aceitava isso [Luizianne Lins é a atual presidente estadual do PT].

OE – Se o governador Cid Gomes negar o que o PT reivindica, qual será a posição do partido?

IM – Eu, pessoalmente, defendo a ruptura do PT com o PSB e principalmente com o governador Cid Gomes. Não sei se a maioria no PT tem a percepção de que a ruptura é estratégica, acima de tudo, para o projeto político do partido no Ceará. Infelizmente, parece que estou pregando sozinho no deserto.

OE – No caso de ruptura, o PT tem estrutura e nomes para postular o Governo do Estado?

IM – Temos as duas coisas e ainda mais a população do nosso lado. Com relação à estrutura, nós temos o presidente Lula e agora a ex-ministra Dilma Rousseff que, sem dúvida, será eleita presidente da República. No tocante a nomes, tem o meu, o do próprio José Pimentel, da Rachel Marques, do Artur Bruno e muitos outros.

OE – Um desses petistas tem condição de derrubar o governador Cid Gomes, que tem aceitação acima de 60%?

IM – Qualquer nome do PT é competitivo, porque tem força política no Ceará. Essa força tem sido manifestada nas eleições, com Luizianne Lins tendo sido eleita prefeita de Fortaleza por duas vezes, com quatro deputados federais e três estaduais, além de José Pimentel que foi ministro da Previdência.

OE – No seu entender, o PT foi importante na vida política de Cid Gomes?

IM – É claro que foi e acredito que o governador tem consciência disso. Ele foi eleito duas vezes prefeito de Sobral com a força do PT. O senhor Cid Gomes, em 2006, dizia para todo mundo saber que só seria candidato ao Governo do Estado se fosse numa coligação com o PT.

OE – Quase todos os partidos estão do lado de Cid Gomes. O senhor acha que agora, para ser reeleito, o governador precisa tanto assim do PT?

IM – A pergunta tem mais sentido se for feita a ele. O homem subiu com o PT e resta saber se ele tem consciência disso. O PT, no meu entender, não deve se rebaixar muito, porque tem estrutura para andar com as duas próprias pernas. Vamos ver o que vai acontecer daqui para frente.

Tarcísio Colares
da Redação

FONTE: JORNAL O ESTADO