
Reajuste programado de 7,3% terá um impacto de cerca de R$ 17 bilhões no Orçamento Geral da União
Brasília.
A proposta do governo para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de
2013, que foi enviada ontem pelo Ministério do Planejamento ao Congresso
Nacional, contempla um reajuste do salário mínimo dos atuais R$ 622
para R$ 667,75, a partir de janeiro do próximo ano, com pagamento a ser
realizado em fevereiro.
O reajuste de 7,3% no salário mínimo terá
impacto de R$ 17,3 bilhões no Orçamento Geral da União em 2013,
informou o Ministério. O salário mínimo serve de referência para o
salário de 47 milhões de trabalhadores no país. O percentual de correção
do salário mínimo, pela proposta do governo, será de 7,35% no próximo
ano.
Esse valor proposto para o salário mínimo em 2013,
entretanto, ainda pode ser alterado no futuro, com base nos parâmetros
estabelecidos para sua correção (crescimento do PIB do ano de 2011 e da
inflação, medida pelo INPC, deste ano). No ano passado, o PIB cresceu
2,7% e, para a inflação medida pelo INPC, a previsão inicial do governo é
de 4,5% para este ano.
2014 e 2015
Para 2014 e 2015, respectivamente, a estimativa do governo para o salário mínimo é de R$ 729,20 e de R$ 803,93, respectivamente.
Crescimento da economia
A
proposta do governo para a LDO de 2013 também traz uma estimativa de
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da ordem de 5,5%, acima,
portanto, da estimativa para este ano, que é de 4,5% de expansão. Para
2014, a previsão do governo para o crescimento do PIB é de 6% e, para
2015, de 5,5%.
"Com o movimento que a gente vem fazendo desde o
fim do ano passado, de retomada do crescimento, com as medidas que foram
adotadas naquele momento e estão sendo adotadas agora, mostrando
impactos cheios no segundo semestre, e a recuperação internacional que
deverá haver em 2013, achamos possível um crescimento 5,5% em 2013. Uma
taxa de 4,5% neste ano e de 5,5% no ano que vem são obsessões da
presidenta . Com todas estas medidas, acreditamos que é possível fazer
esta aposta", disse a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
Para
a inflação, a estimativa da equipe econômica, que consta na proposta da
Lei de Diretrizes Orçamentárias, é de 4,7% para este ano e de 4,5% por
ano no período de 2013 a 2015. A projeção tem por base o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Deste modo, o governo prevê um
IPCA no centro da meta de inflação (4,5%) no ano que vem. O IPCA pode
oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja descumprida.
Superávit
A
proposta do governo para a LDO de 2013 também prevê manutenção da meta
de superávit primário, ou seja, a economia feita para pagar juros da
dívida pública e tentar manter sua trajetória de queda, em 3,1% do
Produto Interno Bruto (PIB).
Isso equivale a um esforço fiscal de
R$ 155,9 bilhões no próximo ano, sendo R$ 108,1 bilhões para o governo
federal (2,15% do PIB) e R$ 47,8 bilhões (0,95% do PIB) para os estados e
municípios.
Dívida
O cenário previsto
pela equipe econômica para a dívida líquida do setor público, na
proporção com o PIB, é de 35,2% para o fim de 2012, de 32,4% para 2013,
de 29,8% para 2014 e de 27,4% para 2015.
Juros
Para
a Selic, que é definida pelo Banco Central a cada 45 dias, a previsão
da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, divulgada
pelo governo na proposta da LDO, é de 9,75% ao ano no fechamento de
2012, caindo para 9% ao ano no fim de 2013, para 8,5% ao ano no
fechamento de 2014 e de 8% ao ano no fim de 2015.Segundo a proposta, o
ambiente macroeconômico previsto considera progressiva queda de juro
real, em função dos "avanços estruturais" da economia do País.
Em três anos
R$ 803 deverá ser o valor do salário mínimo no ano de 2015, de acordo com projeção orçamentária do governo federa.
Fonte: Diario do Nordeste