O
deputado Fernando Hugo (PSDB) criticou nesta terça-feira (08), no plenário da
Assembleia Legislativa, o calendário anual (o Translendário 2012) lançado com
suposto o apoio da Prefeitura Municipal de Fortaleza.
Segundo
ele, a publicação apresenta fotos de homossexuais e travestis, fazendo
referência a obras sacras e de arte.
“Numa
obra de Michelângelo, a Pietá, por exemplo, aparece um travesti posando
sentado, desconfigurando a pintura do artista”, observou.
Santa
Ceia
O
deputado ressaltou que, na publicação, há ainda uma simulação da Santa Ceia, de
Leonardo da Vinci, com homossexuais sentados à mesa. No Translendário, a
“última ceia” vira o “último truque”.
No
calendário a "Santa Ceia" vira o "O último truque".
Investigação
O
deputado disse que encaminhará o material ao Ministério Público Estadual (MPE)
para que o órgão “investigue o montante gasto pela Prefeitura nessa
publicação”. Fernando Hugo salientou que também encaminhará a publicação para
setores da Igreja Católica, “já que o calendário afronta obras consideradas
cristãs”.
Preconceito?
O
parlamentar fez questão de frisar que não é contra gays, lésbicas, homossexuais
ou travestis. “Sou contra a Prefeitura gastar dinheiro com este material, que é
improdutivo, irresponsável e insano”, salientou.
Fotos
eróticas
Fernando
Hugo lembrou que já havia denunciado a revista Farol, editada pela Prefeitura,
que trazia fotos eróticas e deveria ser distribuída nas escolas do município.
“Após a denúncia, a revista saiu de circulação”, comentou. Lembrou ainda que a
Prefeitura lançou uma cartilha com “as descobertas de Alice e Ana Cláudia”,
também para ser distribuída nas escolas. “Ela induzia, tonificava e estimulava
a liberdade sexual”, pontuou.
Escolas
e igrejas
Em
aparte, o deputado João Jaime (PSDB) disse temer que o calendário “fosse
distribuído nas escolas”. Para ele, a publicação é uma ofensa direta à Igreja
Católica. “Essas manifestações poderiam ser feitas sem o uso de símbolos
cristãos”, afirmou.
Polêmica
O
deputado Roberto Mesquita (PV) disse que “a opção sexual de qualquer pessoa é
livre”. Contudo, pontuou que o calendário “é uma forma de chacota a obras
primas”. Para o deputado Perboyre Diógenes (PMDB), a Prefeitura não deveria
“ter utilizado o dinheiro público para patrocinar divergências do mundo gay em
relação à Igreja Católica”.
Com
informações da AL