
De acordo com relatos de
Leandro Correia Santana, 27, marido de Ana Paula Galeski, 19 – que sofreu
queimaduras por todo o corpo -, as criminosas têm em média 30 ou 35 anos e
chegaram até o casal, no último dia 30, prometendo ajudar a família.
"Eram missionárias,
pessoas extremamente doces, delicadas. Chegaram dentro da minha casa, fizeram
oração, falaram da palavra de Deus. Elas vierem três dias em casa e fizeram
toda essa tragédia comigo", contou Leandro.
As farsantes acompanharam a
rotina da família e armaram um plano para raptar o bebê. Uma delas disse ter
arrumado um emprego para Leandro em Entre Rios, desculpa para tirá-lo de casa
no sábado. Durante o café da manhã, as mulheres colocaram sonífero na bebida de
Ana Paula, que, sentindo o efeito da droga, pediu para o sobrinho, de 10 anos,
cuidar do bebê.
"Ela [Ana Paula]
começou a ficar sonolenta e falou para o meu sobrinho cuidar do bebê, e dormiu.
A mulher pegou a criança e ficou ali agradando. Meu sobrinho viu, suspeitou e
veio ver. Ela viu que ele suspeitou e mandou ele comprar leite, mas ele disse
que não poderia porque a mãe dele não o deixava sair na rua. Aí ela deu uma
martelada na cabeça dele", descreveu Leandro, baseado no relato do
sobrinho.
Para não apanhar mais, o
garoto simulou um desmaio. Porém ainda levou um chute na cabeça. Mesmo assim,
viu quando, do lado de fora, a criminosa ateou fogo na casa. A sua cúmplice já
havia fugido, levando roupas do bebê.
O menino conseguiu fugir do
incêndio e, na rua, agarrou a bolsa em que a mulher carregava o bebê. Ao ver a
cena, vizinhos e familiares correram para recuperar a criança, porém a
criminosa fugiu.
O bebê saiu ileso, no
entanto a mãe, segundo divulgou a assessoria do Hospital Universitário de
Londrina, teve 42% do corpo queimado. Ana Paula está internada na UTI, em
estado grave