Quatro dos seis acusados de assassinar o agente penitenciário
Francisco Kléber Nobre da Silva foram condenados na noite desta
quarta-feira (18). O julgamento ocorreu durante todo o dia, na 5ª Vara
do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. A defesa afirma que vai recorrer da decisão.
Dos
seis que estiveram no banco dos réus, Francisco Rafael do Nascimento e
Jean Maia da Costa terão de cumprir pena de 20 anos e quatro meses de
prisão. Já Jean Carlos Moura dos Santos e Carlos Alexandre do Nascimento
foram condenados a 19 anos e quatro meses de reclusão.
Os quatro foram culpados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado
(motivo torpe, vingança, meio cruel e uso de recurso que tornou
impossível a defesa da vítima) e por formação de quadrilha. Dos outros
dois, um foi absolvido de todas as acusações e outro, condenado apenas
por formação de quadrilha.
“Consórcio da morte”
De
acordo com o Ministério Público do Ceará (MP/CE), o crime ocorreu no
dia 11 de novembro de 2007. O agente retornava para casa, por volta das
17h daquele dia, quando foi surpreendido por dois homens em um veículo e
atingido com vários tiros de pistola 9mm, morrendo no local.
Os seis réus eram acusados de participar do “consórcio da morte”, grupo articulado dentro do Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS), em Itaitinga, Região Metropolitana de Fortaleza – onde Kléber trabalhava –, para assassinar agentes penitenciários.
Julgamentos posteriores
O detento Alexandre de Sousa Ribeiro, mais conhecido como “Alex Gardenal”,
é acusado de ser um dos mandantes do crime e será submetido a júri
popular em data a ser designada pela 5ª Vara. Ele está preso na Penitenciária Federal de Porto Velho, no Estado de Rondônia.
Alcida
Maria Linda da Mota, acusada de levantar informações sobre endereços e
horários de trabalho dos agentes, recorreu da sentença e aguarda recurso
em liberdade. Já Francisco Neilson Xavier da Silva, que, conforme a denúncia, teria contratado os pistoleiros, morreu durante o processo.
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