Escola municipal Barra do Serrote. Há salas com 23 alunos, que mal comportaria dez
Piquet Carneiro. Uma extensa fila de computadores forma a ilha digital na Escola de Ensino Fundamental e Médio Alzarias Fernandes: uma ampla escola, vizinha a Escola Reino Infantil, no Centro de Piquet Carneiro. A julgar somente por essa sala dos terminais, pode-se dizer que o acesso ao mundo da internet, dos programas sofisticados de suporte pedagógico já se consolidaram numa das regiões mais pobres do semi-árido cearense. Mantida pelo Estado, mas que reúne alunos do município, tem uma realidade totalmente oposta à Escola de Ensino Fundamental Barra do Serrote, distribuída por duas edificações pequenas, sendo uma casa alugada pelo pai da coordenadora da unidade, Maria Jucilene de Sousa Lima.
O primeiro compartimento reúne quatro salas, com dimensão de 2,5 por 3 metros. Ali estão os alunos com idade de 9 e 8 anos, e que ainda não sabem ler. A professora de reforço é Raimunda Cilene Batista Almeida. Aliás, improvisada como professora porque, na verdade, seu contrato na Prefeitura é na área de serviços gerais.
Mas o que se vê na casa onde está o maior número de alunos são ações não muito comuns. A começar pela merenda escolar, que é preparada pelas mesmas pessoas que cuidam da limpeza. A água é armazenada em potes e a cozinha dá para um pequeno curral de animais domésticos. Os cachorros adentram pela escola, no entra-e-sai da cozinha para o quintal.
No que já foram quartos, estão agora crianças “empilhadas”. Há salas com 23 alunos, que mal comportaria dez. Um terreno vizinho foi doado por um pai de aluno para ser, verdadeiramente, a Escola de Ensino Fundamental Barra do Serrote, mas a construção sequer foi iniciada no local.
Fonte: Diario do Nordeste
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