sexta-feira, 18 de maio de 2012

Manifestantes queimam pneus e bloqueiam duas estradas estaduais no Maciço de Baturité


Cerca de 230 manifestantes bloquearam a CE-060, nas proximidades do quilômetro (km) 75, e a CE-356, no km 34, nesta sexta-feira (18), segundo informações da Polícia Rodoviária Estadual (PRE). O protesto contra as ações do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) interditou as passagens para as cidades de Aracoiaba, Baturité, Quixadá, Capistrano, Fortaleza e Itapiúna.
"Já queimaram madeira e pneus na pista. Além disso colocaram os carros para bloqueio. Fizeram uma barricada mesmo", conta o subtenente Antônio Marcos, da PRE.
Desde as 8h da manhã, motoristas e passageiros fazem a interdição das estradas e exigem a presença da imprensa."Aqui não passa nem o governador. Nós vamos bloquear tudo, até que a imprensa venha aqui. Eu faço uso dos serviços e vejo como os motoristas vêm sofrendo com as multas.", diz Josenias Evangelista de Abreu, um passageiro.
Eles reclamam das penalidades as quais os agentes do Detran têm submetido os topiqueiros e motoristas de D-20 que fazem transporte de pessoas na região. Os manifestantes acusaram o departamento de perseguição e disseram que já estiveram na mira de armas de fogo para que parassem de "rodar".
"Queremos saber como fazer para legalizar. O pessoal dos matos dependem desse transpote para conseguir trabalhar honestamente", explica Josenias.
Transporte clandestino
De acordo com o departamento de trânsito, os motoristas fazem transporte intermunicipal de pessoas clandestinamente. "Houve uma licitação, para empresas e cooperativas, que cedia a concessão para fazer linhas regulares de passageiros. Os clandestinos querem ter os mesmos direitos que a empresa e a cooperativa que ganharam o processo licitatório", explica Auxiliadora Abraão, gerente de fiscalização de transporte do Detran.
Quanto ao uso de armas de fogo, o Detran se defendeu das acusações e informou que os agentes não têm e nunca tiveram porte legal de armas, logo não poderiam afrontar motoristas dessa maneira. Quando há necessidade de uma fiscalização reforçada, segundo Auxiliadora, o órgão recorre à PRE para auxílio.
Situação dos veículos
A gerente afirmou que os veículos que fazem rotas clandestinas estão em mau estado e são, em geral, antigos, com 15 ou mais anos de uso. Por outro lado, as cooperativas legalizadas gastaram para renovar a frota e oferecer segurança e conforto para os passageiros - exigências que constavam na licitação.
Ela disse também que os membros das cooperativas que ganharam a concessão se sentem prejudicados pelos ilegais, motivo pelo qual o Detram tem sido cada vez mais atuante na região.
Fonte: Diario do Nordeste

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