terça-feira, 8 de maio de 2012

Calendário de homossexuais e travestis em cenas religiosas gera polêmica na Assembleia


O deputado Fernando Hugo (PSDB) criticou nesta terça-feira (08), no plenário da Assembleia Legislativa, o calendário anual (o Translendário 2012) lançado com suposto o apoio da Prefeitura Municipal de Fortaleza.
Segundo ele, a publicação apresenta fotos de homossexuais e travestis, fazendo referência a obras sacras e de arte.

“Numa obra de Michelângelo, a Pietá, por exemplo, aparece um travesti posando sentado, desconfigurando a pintura do artista”, observou.

Santa Ceia

O deputado ressaltou que, na publicação, há ainda uma simulação da Santa Ceia, de Leonardo da Vinci, com homossexuais sentados à mesa. No Translendário, a “última ceia” vira o “último truque”. 
No calendário a "Santa Ceia" vira o "O último truque".
 
Investigação

O deputado disse que encaminhará o material ao Ministério Público Estadual (MPE) para que o órgão “investigue o montante gasto pela Prefeitura nessa publicação”. Fernando Hugo salientou que também encaminhará a publicação para setores da Igreja Católica, “já que o calendário afronta obras consideradas cristãs”.

Preconceito?

O parlamentar fez questão de frisar que não é contra gays, lésbicas, homossexuais ou travestis. “Sou contra a Prefeitura gastar dinheiro com este material, que é improdutivo, irresponsável e insano”, salientou.

Fotos eróticas

Fernando Hugo lembrou que já havia denunciado a revista Farol, editada pela Prefeitura, que trazia fotos eróticas e deveria ser distribuída nas escolas do município. “Após a denúncia, a revista saiu de circulação”, comentou. Lembrou ainda que a Prefeitura lançou uma cartilha com “as descobertas de Alice e Ana Cláudia”, também para ser distribuída nas escolas. “Ela induzia, tonificava e estimulava a liberdade sexual”, pontuou.

Escolas e igrejas

Em aparte, o deputado João Jaime (PSDB) disse temer que o calendário “fosse distribuído nas escolas”. Para ele, a publicação é uma ofensa direta à Igreja Católica. “Essas manifestações poderiam ser feitas sem o uso de símbolos cristãos”, afirmou.

Polêmica

O deputado Roberto Mesquita (PV) disse que “a opção sexual de qualquer pessoa é livre”. Contudo, pontuou que o calendário “é uma forma de chacota a obras primas”. Para o deputado Perboyre Diógenes (PMDB), a Prefeitura não deveria “ter utilizado o dinheiro público para patrocinar divergências do mundo gay em relação à Igreja Católica”.


Com informações da AL

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